Tenho saudades tuas.
Saudades do teu cheiro.
Saudades do teu toque.
Saudades do carinho.
Saudades das mãos dadas.
Saudades de tudo o que era meu, de tudo o que perdi.
Eu sei que errei e que tenho de ser forte agora.
Que tenho de me contentar apenas com a nossa amizade e com o desejo.
Queria mais, mas não posso ter.
Estar no escritório contigo é estranho agora... E confuso.
Estás tão perto e tão longe.
Queria abraçar-te, dizer que te amo, mas não posso.
A minha nova condição impede-me.
São três da manhã. As lágrimas rolam como se nunca fossem acabar, como se esta ferida nunca fosse fechar.
Queria mandar-te uma mensagem e dizer que sinto a tua falta, mas acho que não o devo fazer.
Calo-me e ouço o silêncio.
O silêncio da solidão. Da mágoa. Da tortura. Do que começou e não foi acabado.
Não sei como te vou olhar nos olhos na segunda feira.
Não sei como vou aguentar. Tento fazer das tripas coração. Não é possível.
Ele está dilacerado.
Tenho saudades tuas.
São três da manhã.
Não sei como vou suportar o resto da vida sem ti.